Diferença entre : Capitalismo Financeiro para Capitalismo Industrial.
O Capitalismo Industrial refere-se a um sistema econômico em que a produção de bens e serviços é baseada em uma economia de mercado, onde as empresas privadas produzem e vendem produtos e serviços em busca de lucro. No capitalismo industrial, os meios de produção são geralmente de propriedade privada e os trabalhadores vendem sua força de trabalho em troca de um salário. Esse tipo de capitalismo foi predominante durante a Revolução Industrial, e ainda é visto em muitos setores da economia global.
Já o Capitalismo Financeiro é um tipo de capitalismo que se concentra na produção e na manipulação de instrumentos financeiros, como ações, títulos e derivativos. O capitalismo financeiro é impulsionado pelo mercado financeiro global, que se tornou cada vez mais sofisticado e complexo, com o uso de algoritmos de negociação, investimentos de alta frequência e técnicas de engenharia financeira. Nesse tipo de capitalismo, as empresas financeiras e os investidores se tornaram cada vez mais importantes, e a especulação financeira pode ser vista como uma das principais forças motrizes do sistema econômico.
Em resumo, enquanto o capitalismo industrial é baseado na produção e venda de bens e serviços, o capitalismo financeiro é baseado na especulação e na manipulação financeira. Ambos os sistemas têm suas vantagens e desvantagens, e são influenciados por uma série de fatores econômicos, políticos e sociais.
No Capitalismo Financeiro temos : Ações, Imobiliário, Investimentos, Seguros, etc.
No Capitalismo Industrial temos : Mercantilismo, Manofatura, Indústria, Insumos, Eletrônicos, Agricultura, etc.
Classe Rentista : Vivem de Arrendamento ou aluguel. Alugam casas pra viver.
Private Equity :
- Comprar Empresas a Crédito.
- Vender os Ativos da Empresa.
- Sobrecarregar os Ativos com novos empréstimos.
O que são flutuações cíclicas na economia ?
Flutuações cíclicas na economia referem-se a variações periódicas e recorrentes na atividade econômica ao longo do tempo. Essas flutuações ocorrem como resultado de mudanças na demanda e na oferta agregada de bens e serviços, bem como em fatores como o investimento, o consumo e o nível de emprego.
Essas flutuações podem ser descritas em termos de ciclos econômicos, que incluem quatro fases: expansão, pico, recessão e fundo. Durante a fase de expansão, a economia cresce em um ritmo acelerado, com aumento da produção, do emprego e da renda. No pico, a economia atinge seu ponto máximo e começa a desacelerar. Na fase de recessão, a economia diminui e há uma queda na produção, no emprego e na renda. Finalmente, na fase do fundo, a economia atinge seu ponto mais baixo e começa a se recuperar novamente.
As flutuações cíclicas na economia podem ter várias causas, incluindo mudanças na política fiscal e monetária, choques externos, mudanças tecnológicas e incertezas políticas. Essas flutuações podem ter um impacto significativo sobre a vida das pessoas e das empresas, levando a períodos de desemprego elevado, inflação, recessão econômica e baixo crescimento. Os governos e as instituições econômicas frequentemente buscam medidas para estabilizar a economia e reduzir a intensidade das flutuações cíclicas.
"O Capital" é um livro escrito por Karl Marx e publicado em 1867, considerado uma obra fundamental do pensamento marxista. O livro é uma análise crítica do sistema capitalista, que Marx considera explorador e opressor da classe trabalhadora.
A obra está dividida em três volumes, abordando temas como a teoria do valor-trabalho, a exploração da mais-valia, a acumulação de capital, a divisão do trabalho e a alienação do trabalhador.
No primeiro volume, Marx apresenta a teoria do valor-trabalho, que afirma que o valor de um bem é determinado pelo tempo de trabalho necessário para produzi-lo. Ele argumenta que os trabalhadores são explorados pelo capitalista, que se apropria da mais-valia gerada pelo trabalho excedente dos trabalhadores.
No segundo volume, Marx analisa a acumulação de capital e como o sistema capitalista leva a uma concentração de riqueza nas mãos de poucos, gerando desigualdades econômicas e sociais.
No terceiro volume, Marx trata da divisão do trabalho e da alienação do trabalhador, argumentando que o trabalho no sistema capitalista é organizado de forma a tornar o trabalhador uma mera peça da engrenagem produtiva, sem controle sobre o processo de trabalho e sem a possibilidade de se realizar como ser humano.
Ao longo de toda a obra, Marx critica o sistema capitalista como um modo de produção que explora e oprime a classe trabalhadora, e defende a necessidade de uma revolução socialista para superar essa ordem e construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Resumo das Teorias Economicas de Ludwig von Mises.
Ludwig von Mises foi um economista austríaco que contribuiu significativamente para o desenvolvimento da teoria econômica e para a escola austríaca de pensamento econômico. Algumas de suas principais teorias econômicas incluem:
Teoria do valor subjetivo: Mises argumentava que o valor de um bem é determinado pela subjetividade do indivíduo, ou seja, pelo que ele considera importante e desejável. O valor de um bem é, portanto, subjetivo e relativo, dependendo das preferências e necessidades individuais.
Praxeologia: Mises desenvolveu a praxeologia como uma metodologia para estudar a ação humana. A praxeologia considera que a ação humana é sempre orientada por um objetivo, e que os indivíduos agem de acordo com seus próprios interesses e valores.
Escola Austríaca de Economia: Mises é considerado um dos principais representantes da Escola Austríaca de Economia, que se destaca por sua ênfase na ação humana, no mercado livre e na liberdade individual.
Crítica ao socialismo: Mises foi um forte crítico do socialismo, argumentando que ele não funciona porque não há mecanismos de preços para coordenar a produção e a distribuição de bens e serviços. Mises argumentava que o mercado livre era essencial para a eficiência econômica e a prosperidade.
Ciclos econômicos: Mises também estudou os ciclos econômicos, argumentando que eles são causados por expansões excessivas do crédito e que a intervenção do governo na economia só piora a situação.
Em resumo, as teorias econômicas de Ludwig von Mises enfatizam a importância do mercado livre, da liberdade individual e da ação humana para a eficiência econômica e a prosperidade, enquanto criticam o socialismo e a intervenção governamental na economia.
Crítica ao socialismo de Ludwig von Mises.
Ludwig von Mises foi um economista austríaco que se tornou um dos principais críticos do socialismo. Ele argumentava que o socialismo não era viável economicamente e que levaria a uma redução drástica do bem-estar econômico.
Uma das principais críticas de Mises ao socialismo era que ele não tinha mecanismos de preços para coordenar a produção e a distribuição de bens e serviços. Sem preços de mercado, não haveria maneira eficiente de alocar recursos, já que as informações de preços são a principal forma de indicar a escassez e a demanda.
Além disso, Mises argumentava que o socialismo inevitavelmente levaria à escassez e ao racionamento, já que não haveria incentivos para a inovação e o empreendedorismo, o que levaria a uma menor produtividade. Ele acreditava que a livre iniciativa e a concorrência no mercado eram essenciais para estimular a inovação e a eficiência, bem como para garantir a diversidade e a escolha do consumidor.
Mises também argumentava que o socialismo não seria capaz de lidar com a complexidade da economia moderna, que envolve inúmeras interações entre diferentes produtos e setores, bem como informações dispersas por toda a sociedade. Ele argumentava que apenas um mercado livre poderia coordenar essa complexidade de forma eficiente.
Além disso, Mises afirmava que o socialismo criaria um sistema de planejamento centralizado, no qual o governo teria poderes excessivos e seria capaz de tomar decisões econômicas que afetariam a vida dos cidadãos. Ele argumentava que isso inevitavelmente levaria ao autoritarismo e à repressão política.
Por fim, Mises acreditava que o socialismo era imoral, pois violava os direitos de propriedade e a liberdade individual. Ele argumentava que o livre mercado e a liberdade individual eram as únicas formas de garantir a justiça e a igualdade de oportunidades.
Em resumo, a crítica de Mises ao socialismo se baseava em sua visão de que apenas um mercado livre e a liberdade individual poderiam garantir a eficiência econômica, a inovação e a diversidade, enquanto o socialismo inevitavelmente levaria à escassez, à ineficiência e à repressão política.
Resumo do livro : O Destino da Civilização, de Michael Hudson.
(Social-Democrata, Elogia Sistema Chinês)
"O Destino da Civilização" é um livro escrito por Michael Hudson, economista e professor universitário americano, publicado em 2020. Nele, Hudson discute a história da economia mundial, desde a antiguidade até os dias atuais, e analisa os problemas econômicos enfrentados pela sociedade moderna.
O livro começa com uma análise da história da dívida, mostrando como ela tem sido uma força poderosa na história da humanidade, desde as sociedades antigas até as modernas. Hudson argumenta que a dívida é um mecanismo que os poderosos usam para controlar os pobres e as classes médias, e que ela tem sido usada como uma ferramenta de opressão desde os tempos antigos.
O autor também discute a história do dinheiro, mostrando como ele se tornou uma ferramenta essencial na economia moderna. Ele argumenta que a moeda fiduciária - dinheiro emitido pelo governo - substituiu o ouro como padrão monetário, permitindo aos governos controlar a oferta de dinheiro e gerenciar a economia.
Hudson também analisa as crises financeiras que assolaram o mundo nos últimos anos, mostrando como elas foram causadas por políticas econômicas equivocadas e por um sistema financeiro desregulamentado. Ele argumenta que a crise financeira de 2008 foi causada pela acumulação de dívidas insustentáveis e pela especulação financeira desenfreada.
Por fim, Hudson propõe um conjunto de políticas para resolver os problemas econômicos do mundo moderno. Ele argumenta que é necessário reduzir a desigualdade econômica, regular o sistema financeiro, aumentar a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas e expandir os direitos sociais e trabalhistas.
Em resumo, "O Destino da Civilização" é um livro que discute os problemas econômicos enfrentados pela sociedade moderna, analisando a história da dívida, do dinheiro e das crises financeiras. O autor propõe uma série de políticas para resolver esses problemas e melhorar o bem-estar da sociedade como um todo.
Como Michael Hudson discute o conceito de arrendar ou alugar no livro "O Destino da Civilização"?
No livro "O Destino da Civilização", Michael Hudson discute o conceito de arrendamento ou aluguel, mostrando como ele se tornou uma fonte de poder para os proprietários de terras e imóveis e uma forma de opressão para os inquilinos e arrendatários.
Hudson argumenta que o sistema de arrendamento tem sido usado historicamente para manter as pessoas presas à terra e dependentes dos proprietários de terras e imóveis. Ele cita exemplos da Idade Média e do início da Revolução Industrial, quando os camponeses eram obrigados a cultivar a terra de seus senhores feudais em troca de abrigo e proteção.
No mundo moderno, o sistema de arrendamento é usado para extrair renda de pessoas que não têm condições de comprar uma casa ou um terreno. Os proprietários cobram aluguéis altos e muitas vezes aumentam os preços acima da inflação, forçando as pessoas a se mudarem ou a pagar mais do que podem pagar.
Hudson também discute como o sistema de arrendamento perpetua a desigualdade econômica e social. Ele argumenta que os proprietários de imóveis têm mais poder e influência política do que os inquilinos, o que lhes permite proteger seus interesses e manter o status quo.
Para resolver esses problemas, Hudson propõe políticas que reduzam a dependência dos inquilinos em relação aos proprietários, como a construção de habitações populares e cooperativas, a regulamentação dos preços de aluguel e a criação de programas de ajuda financeira para os inquilinos. Ele também propõe a expansão dos direitos dos inquilinos e a introdução de reformas fiscais que desestimulem a especulação imobiliária.
Como Michael Hudson discute o Modelo Economico Chinês no livro "O Destino da Civilização" ?
No livro "O Destino da Civilização", Michael Hudson discute o modelo econômico chinês e sua ascensão como potência econômica global. Ele argumenta que a China adotou uma estratégia econômica diferente daquela seguida pelos países ocidentais e que isso lhe permitiu alcançar um rápido crescimento econômico nas últimas décadas.
Hudson destaca que a China adotou um modelo de capitalismo de estado, no qual o governo desempenha um papel ativo na direção da economia e na alocação de recursos. Ele argumenta que essa abordagem difere do modelo ocidental de livre mercado, no qual o Estado tem um papel limitado na economia e os mercados determinam a alocação de recursos.
O autor discute como a China adotou políticas econômicas que favorecem a industrialização e a produção de bens manufaturados em detrimento da especulação financeira. Ele destaca que o governo chinês investiu pesadamente em infraestrutura, educação e tecnologia, o que permitiu à China se tornar um líder mundial na produção de bens como eletrônicos, maquinários e produtos químicos.
Hudson também discute como o modelo econômico chinês tem enfrentado críticas por seu histórico de violação de direitos humanos, bem como por seu papel na acumulação de dívida global. Ele argumenta que, embora o modelo chinês tenha permitido um rápido crescimento econômico, ele também levantou questões sobre a sustentabilidade desse crescimento.
Por fim, Hudson argumenta que a China representa um desafio para o modelo econômico ocidental e que seu sucesso econômico tem levantado questões sobre a viabilidade do livre mercado e a importância do papel do Estado na economia. Ele sugere que os países ocidentais devem reconsiderar suas políticas econômicas e adotar uma abordagem mais direcionada à produção e à industrialização para alcançar um crescimento econômico sustentável.
Como Michael Hudson discute o Modelo Cooperativas Chinês no livro "O Destino da Civilização" ?
Em seu livro "O Destino da Civilização", Michael Hudson discute o modelo de cooperativas chinês e o compara com o modelo ocidental de empresas privadas. Hudson argumenta que o modelo de cooperativas chinesas é um exemplo de sucesso de uma economia que é "dirigida pelo Estado", em contraste com o modelo ocidental de "economia de mercado livre".
Ele descreve as cooperativas chinesas como organizações altamente coordenadas e centralizadas, com membros que compartilham os lucros e tomam decisões em conjunto. Essas cooperativas geralmente são subsidiadas pelo governo chinês e têm acesso a financiamento preferencial, o que lhes permite crescer rapidamente e competir efetivamente com empresas privadas.
Hudson também destaca que o modelo de cooperativas chinesas tem sido particularmente bem-sucedido na promoção do desenvolvimento rural e na redução da pobreza em áreas rurais da China. Ele argumenta que o modelo chinês de cooperativas ilustra a importância do planejamento estatal e do investimento em infraestrutura para o sucesso econômico de um país.
No entanto, Hudson também observa que o modelo de cooperativas chinesas tem suas limitações e críticas. Algumas cooperativas foram acusadas de abuso de poder e de prejudicar os direitos dos trabalhadores, e a falta de democracia interna pode limitar a capacidade dos membros de influenciar as decisões da cooperativa.
Em geral, Hudson conclui que o modelo de cooperativas chinesas oferece um desafio significativo ao modelo ocidental de empresas privadas e sugere que os países deveriam considerar o modelo de cooperativas como uma alternativa viável para a organização econômica.